Jogos de Oposição de acordo com Olivier

JOGOS DE OPOSIÇÃO.

OS JOGOS DE OPOSIÇÃO SÃO CLASSIFICADOS EM :  

Jogos de Rapidez e Atenção: são jogos de vivacidade que alternam sempre os papéis de atacante e de atacado e evitam o contato próximo com o adversário.

Atividade: Pega o rabo: cada aluno recebe um pedaço de papel que pode ser de jornal, crepom ou outro e prende atras da calça. O objetivo da brincadeira é pegar o rabo do amigo e proteger o seu.

Jogos de Conquista de Objeto: esses jogos aproximam os adversários, mas as principais ações de oposição são feitas em direção a objetos a serem conquistados. Os papéis de atacante e de defensor são separados.

Atividade: coleta de prendedores- divididos em duplas cada aluno coloca três prendedores na sua roupa. O objetivo é pegar os prendedores do seus amigo e proteger o seu. Ganha quem ficar com mais prendedores após um minuto de jogo.

Jogos de Conquista de Território: as situações desse grupo implicam aproveitamento e diversificação das ações desequilibradoras para chegar a seus fins. É preciso puxar, carregar, empregar, fazer virar e, é claro, esquivar-se, desviar-se, resistir. O contato é inevitável.

Atividade: Cabo de guerra- a turma é dividida em duas equipes, cada equipe fica de um lado da corda que está dividida ao meio. Ao sinal do professor ambos os lados fazem força e vence a equipe que puxar a corda pro seu lado ficando com mais da metade da corda.

Jogos para Desequilibrar- o objetivo é agir em direção ao adversário, sem medição de objeto ou território. Os papéis de ataque e de defesa são alternativos ou simutâneos.

Atividade: Luta do saci- os alunos dividem-se em duplas, em pé, de mãos dadas, somente com um pé no chão. Tentam desequilibrar o colega fazendo o mesmo tocar com o pé que não está apoiado no chão. Vence quem conseguir mais vezes com que o colega toque o chão.

Jogos para Reter/Imobilizar- necessitam de enfrentamentos variados e obrigam o corpo a corpo. São, ao mesmo tempo, jogos para resistir e para livrar-se. Os papéis podem ser separados ou combinados.

Atividade: Passando pro outro lado- a turma é dividida em duas equipes uma fica dentro de um quadrado e a outra fora, ao sinal do professor todos os alunos que estão fora devem entrar no quadrado, sendo que os que estão dentro tentam impedir. Depois as equipes são trocadas.

Jogos de Combate- as condutas de ataque e resistência são concomitantes. Torna-se necessário encadear e coordenar todas as ações necessárias ao combate.

Atividade: Derruba ou cai- a turma é dividida em duplas. Ao sinal do professor os lutam até que um sofra a queda. Devem cumpridas regras como: não tocar no rosto, não chutar, arranhar, puxar cabelo.

Ataque

Agarrar: segurar as mãos, pernas, cintura, tronco e/ ou roupas.

Reter: com as mãos ou pelo meio do corpo.

Desiquilibrar: puxar, empurrar, carregar, levantar, fazer barreira, projetar e virar.

Imabilizar: virar, esmagar no chão, abaixar-se, desviar as mãos, afastar-se, virar.

Tocar: apalpar, por a mão, atingir com ou sem instrumento.

Defesa

Esquivar: rolar, saltar, desviar, afastar-se, virar, abaixar.

Resistir: opor-se, empurrar, desviar e atacar.

Livrar: agarrar, empurrar, girar em torno de si próprio, virar.

Bloquear: atrapalhar, dificultar e impedir com paartes do corpo ou instrumentos.

DEFINIÇÃO DE JOGOS DE OPOSIÇÃO:

Para ser considerado um Jogo de Oposição a atividade deve apresentar as ações motoras de Ataque e Defesa envolvendo  técnicas de lutas com características lúdicas ou jogos de estratégias onde dois ou mais oponentes se colocam em atitudes de oposição, com igualdade   física para o combate, sobrepondo o espírito de combatividade e esportividade.

Oliver (2000), fala que  os jogos de oposição podem ser aplicados nas escolas de forma que o aluno expresse seu ímpeto, mas através de condições seguras que permitam a liberdade da agressividade com reconhecimento e respeito ao outro.

O jogo de oposição precisa de uma ação motora de ataque e defesa, ela transforma a briga em jogo com regras, onde as crianças podem expressar seu ímpeto em condições definidas e seguras não produzindo a derrota definitiva ou destruidora, mas para relativização da vitória, ajudam a dominar a incerteza no combate assistido por um professor árbitro, que garanta ao respeito, às regras e aos limites impostos. No Ensino Fundamental, propõe-se às crianças situações motivadoras que possam permitir, a descoberta das ações fundamentais das disciplinas de combate, a aplicação do modo mais diversificado possível, considerando as possibilidades motoras do momento e reutilizando-as em condições diferentes.

OLIVIER, Jean-Claude. Das Brigas aos Jogos com Regras: enfrentando a indisciplina na escola. Porto Alegre: Artmed, 2000.